[Dica de leitura] A amendoeira
- Cristina Oliveira
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- 22 de ago.
- 2 min de leitura
A amendoeira
Michelle Cohen Corasanti

Sinopse
Ahmed Hamid é um menino palestino que vive em território ocupado sob a lei marcial e o toque de recolher de Israel. Desde muito cedo, Ahmed é vítima de tragédias pessoais e testemunha o medo constante de todos os habitantes do vilarejo. No seu aniversário de doze anos, os piores temores se tornam realidade. Com o pai preso, a casa destruída e os bens da família confiscados, ele luta para sobreviver e salvar a mãe e os irmãos do desespero na terra natal devastada.
Dotado de uma habilidade incomum de resolver equações matemáticas complexas, Ahmed deixa a sua comunidade e inicia uma jornada inspiradora. Usando o intelecto, ele conquista um lugar junto às mentes brilhantes da universidade em Jerusalém e agarra a oportunidade única de interromper o ciclo de violência e miséria imposto pela ocupação da Palestina.
Com uma visão flagrante e comovente do conflito Israel-Palestina, Michelle Cohen Corasanti mantém o leitor imerso até a última página, revelando um dos pontos altos deste extraordinário livro: a expressão da experiência da dor.
Uma história arrebatadora sobre o poder do amor, as consequências do ódio e a possibilidade de redenção.
Minha opinião
É uma leitura que não deixa o leitor indiferente. Desde a primeira página, a narrativa já se mostra sofrida, carregada de dor e de perdas que refletem a dura realidade da guerra na Palestina. A autora não suaviza o sofrimento: ela o expõe de forma crua, impactante e devastadora, fazendo com que cada capítulo seja atravessado por uma sensação de brutalidade e injustiça.
Ao mesmo tempo, o livro abre espaço para uma reflexão poderosa sobre o papel da educação.
O livro acompanha a trajetória de Ahmed, um jovem palestino cuja infância e vida adulta se desenrolam em meio ao conflito entre Israel e Palestina, um embate que, infelizmente, ainda persiste. Dos 12 aos 62 anos, vemos como a educação foi capaz de transformar sua realidade. Em meio a tantas perdas, dor e sofrimento, Ahmed nos mostra uma resiliência impressionante, que emociona e inspira.
A experiência de leitura é intensa: há momentos em que o peso da narrativa parece insuportável, tamanha é a crueldade retratada. Porém, é justamente nesse desconforto que reside sua importância.
É um testemunho sobre resistência, humanidade e sobre como a educação pode se tornar uma ponte entre a devastação e a esperança. Brutalmente impactante, é um livro que marca e que permanece na memória muito depois da última página.
"O sucesso na vida não tem a ver com a quantidade de fracassos que acreditamos ter, mas com o modo como reagimos a esses fracassos." (p.217)
Livro lido no clube de leitura @curtaleitura



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